terça-feira, 5 de maio de 2015

Sai Baba e a Mente


  • A primeira prática espiritual que se deve adotar é o cultivo do silêncio interior, para acabar com o diálogo ininterrupto com a mente. Deixe a mente descansar durante algum tempo. Não projete nela detalhes irrelevantes, ou a polua com emanações de inveja e avareza. Cada idéia que acolhemos, tanto boa quanto ruim, fica impressa na mente. Um elemento de fraqueza e inconstância é, assim, introduzido na mente. Mantenha a mente calma e limpa. Não a agite, todo momento, por meio de seu diálogo incessante. 
  • Quando a mente é pura, altruísta e inabalável, o Divino Se manifesta em toda Sua pureza e em toda Sua plenitude. Por causa da contaminação da sua mente, através da obsessão por objetos externos variados, o homem de hoje é incapaz de experimentar o Divino, que está presente nele. 
  • Hoje em dia, toda disciplina espiritual está sendo feita pela mente. Enquanto a mente controlar os exercícios espirituais, a meta da auto-realização não pode ser atingida. A mente é como um ladrão que não se permitirá ser capturado. De nada serve contar com a mente para compreender a sua verdadeira natureza. Quando a visão está centrada em sua verdadeira natureza, a mente desaparece por si mesma. 
  • Aquele que subjugou a mente será o mesmo em bons e maus momentos. Tristeza e alegria são apenas alterações da mente. É somente quando a mente está associada aos sentidos e ao corpo que ela é afetada. Os impulsos e os desejos devem ser sublimados para que se possa atingir o domínio sobre a mente. O desejo excita a mente e a faz precipitar-se em direção aos sentidos. Não basta dominar apenas um sentido, todos devem ser completamente dominados. 
  • É a mente que condiciona o corpo. A mente é um instrumento pelo qual alguém pode se arruinar ou se libertar. A mente deve se tornar a serva do intelecto, e não a escrava dos sentidos. 
  • O corpo é uma carruagem. O cocheiro é o princípio do intelecto. Os sentidos são os cavalos. A mente representa as rédeas que regulam e detêm os cavalos. Quando a mente vacila e vagueia, não tendo estabilidade de propósito, os cavalos produzem confusão, colocando em perigo até mesmo o cocheiro - o intelecto. Assim, a pessoa precisa controlar a mente e não a poluir com o desejo intenso por prazeres sensuais. A mente precisa agir como parceira do intelecto. A fala serve à mente e a mente serve ao intelecto: esta é a maneira de produzir a Paz Suprema. E, lenta e continuamente, instrua o intelecto para se direcionar ao Atma. Fale guiado por uma mente que esteja afinada com um intelecto iluminado pelo Atma: isso conduzirá à meta suprema. 
  • A mente às vezes é caracterizada como uma serpente. Isso acontece porque ela não se move em linha reta. A mente encanta-se com estratagemas desonestos e manobras engenhosas. Ela evita o caminho reto da sinceridade e da veracidade. Mas a “mente-cobra” pode ser encantada em sua ingenuidade. Quando o encantador de serpente toca seu instrumento, a cobra balança dentro de seu cesto; assim também, a mente será influenciada pela música que emana da recitação do Nome de Deus!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Feliz Buddha Purnima


Na lua cheia de Touro (neste ano cai no dia 4 de maio) comemora-se o Buddha Purnima (Festival de Wesak ou Festival de Buda). É a celebração máxima do budismo, que marca nascimento, iluminação e morte do príncipe Gautama.

É uma ocasião especial para os buscadores espirituais, não somente para os budistas. Segundo as tradições esotéricas, nessa data um imenso portal interdimensional se abre à humanidade, e Buda expande sua luz para todo o planeta.

Podemos nos sintonizar nessa energia através de mantras, preces e cânticos.

O poderoso mantra budista Om Mani Padmi Hum (da lama nasce a flor de lótus), significa que recebemos a jóia da consciência divina no centro do nosso chakra da coroa (o Lótus é o chakra). É um mantra de transcendência. Para ouvi-lo e entoá-lo, acesse o link:


Por fim, meditemos nas palavras de Sathya Sai:

Sai Baba e Buda 


  •  A ênfase do Senhor Buda era inteiramente sobre a pureza em todos os aspectos da vida cotidiana. Pureza na visão, pureza de pensamento, pureza na fala e pureza na ação. Ele considerou o espírito de sacrifício como a verdadeira oferenda sagrada (Yajna). Sacrifício é o meio para atingir o Nirvana, a liberdade da escravidão da existência mundana. Buda era totalmente contrário a qualquer pessoa ser forçada a levar uma vida mundana contra a sua vontade. A oração Budista deve ser devidamente compreendida. Quando os budistas dizem: 'Buddham gachchaami sharanam, Dharmam gachchaami sharanam, Sangham gachchaami sharanam', o verdadeiro significado da oração é: deve-se conduzir o Buddhi (intelecto) para o Dharma (Retidão). E a retidão deveria ser destinada a servir à sociedade. Quando isso for feito, a sociedade se purifica.
  • Buda experimentou a unidade de toda a criação. Houve Nele transformação total uma vez que alcançou a visão de Ekatma (unidade do Atma). Ele percebeu que todas as relações mundanas eram falsas. Ele transcendeu a consciência corporal. É por isso que ganhou o título de Buda (o iluminado). 
  • Buda alcançou a visão do Atma. Verdadeiramente falando, Buda não é apenas um indivíduo. Todos vocês são Budas. Você verá a unidade em todo lugar depois de entender essa verdade. 
  • Certa vez, alguns aspirantes se aproximaram de Buda e perguntaram se Ele tinha consciência de Deus. Buda permaneceu em silêncio. Mais tarde, Ele chamou um de Seus discípulos e lhe disse: “Filho, não há sentido em debater e argumentar sobre o desconhecido. Não se ocupe de tais questões. A Divindade não é perceptível. Ela está além da percepção humana e fora do alcance da mente ou da fala. Antes de tudo, siga a verdade e aja corretamente. Leve uma vida de não-violência. Esta é a verdadeira disciplina espiritual”. 
  • A vida sustentada pelo alimento é curta; a vida sustentada pelo Atma é eterna. Não reivindique uma vida longa, mas uma vida divina. Não se esforce para permanecer na Terra por mais anos, mas por mais virtudes no coração. Buda conhecia a Verdade e a propagava ao mundo. Tudo é tristeza. Tudo é vazio. Tudo é efêmero e poluído. Desse modo, o homem sábio deve cumprir os deveres que lhe são atribuídos com discernimento, diligência e desprendimento. Desempenhe o papel, mas mantenha sua identidade não afetada.