sexta-feira, 26 de abril de 2013

Dois Anos do Mahasamadhi




“Há modos diferentes de devoção: aquela que tolamente chora por Mim 
quando Eu não estou fisicamente presente; 
aquela que se rende com entusiasmo arrebatado; 
e aquela que é constante e forte, sempre ligada à Minha vontade. 
Eu aceito todas estas formas de devoção. 
A escolha entre uma e outra não é sua, 
pois sou Eu quem determina seus sentimentos, modificando-os. 
Se tentar ir onde Eu não quero que você vá, Eu o pararei; 
você não pode fazer nada à parte de Minha Vontade. Esteja certo disto. 
Essa é a devoção mais elevada.” 

(Sathya Sai Baba)

Um belíssimo ritual védico denominado Sri Sathya Sai Aradhana Mahotsavam foi oferecido a Bhagavan Sri Sathya Sai Baba, em Prashanti Nilayam (Índia), por ocasião da passagem do dia 24 de abril - dois anos do Seu Mahasamadhi (quando Ele deixou o corpo físico).


Foram três dias de solenidades, com oferendas, cantos védicos e muitos bhajans.

O famoso músico indiano Pandit Narendra Nath Dhar executou clássicos instrumentais em homenagem a Swami, tendo sido muito aplaudido.


Da mesma forma como ocorreu no ano passado, um grande seva foi organizado, para beneficiar os pobres e oprimidos, com farta distribuição de roupas e alimentos para milhares de pessoas.

*FOTOS: http://www.saibabaofindia.com/

terça-feira, 23 de abril de 2013

Sai Baba e a Meditação

  • A meditação (Dhyana) é a base de toda prática espiritual (Sadhana). A meditação lhe dá o primeiro pressentimento da Bem-aventurança Divina. Com essa Bem-aventurança como ideal, você deve subsequentemente continuar a meditação e a repetição mental do Nome Divino. A etapa imediatamente após a meditação é o Samadhi (absorção total no Eu Superior). A meditação é o sétimo passo do caminho óctuplo do Yoga. Não abandone essa estrada real que o leva para tal objetivo sagrado! 
  • Nadar rio acima é muito difícil, mas cada braçada o faz chegar mais perto da meta e não mais distante. Para superar a extenuação, deve-se ter a jangada chamada meditação (Dhyana). Pela meditação, a fraqueza do corpo físico pode ser superada, a instabilidade da mente pode ser controlada e o progresso em direção à morada da Graça é facilitado. Pode-se, então, alcançar a Divindade. 
  • Você se senta em meditação por dez minutos, após a sessão de Bhajans. Até aqui, tudo bem. Mas deixe-me perguntar, quando se levanta, após os primeiros dez minutos, e se movimenta, você vê outras pessoas como dotados pela Divindade? Se não, sua meditação é uma perda de tempo. Você ama mais, fala menos, serve outros mais integralmente? Estes são os sinais de sucesso na meditação. Seu progresso deve ser autenticado pelo seu caráter e atitude. 
  • A meditação deve transmutar sua atitude em relação às pessoas e coisas, ao contrário é um logro. Mesmo uma vontade de pedra irá, através da ação da chuva e do sol, calor e frio, desintegrar em lama e tornar-se alimento para uma árvore. Mesmo o mais duro coração pode ser amaciado de tal forma que o Divino pode brotar ali. 
  • No puro e sereno (Sátvico) caminho da meditação, você considerará a repetição do Santo Nome e a meditação como um dever e sofrerá qualquer tipo de problema pelo seu bem; você estará completamente convencido de que este mundo é apenas uma ilusão, de modo que você só fará o bem em todas as condições e em todos os momentos. Você desejará somente o bem de todos e sempre os amará; você usará seu tempo ininterruptamente na lembrança e na meditação do Senhor. Você não desejará nem mesmo o fruto da repetição do Nome e da meditação; você deixará tudo isso para o Senhor. 
  • A repetição do Nome de Deus e a meditação nunca devem ser julgadas através de meros padrões externos; elas devem ser julgadas pelos seus efeitos internos. Se a pessoa oscila entre a impaciência e a preguiça, e se preocupa sempre com "Por que o resultado não veio ainda?” “Porque ainda está tão distante?”, então tudo se torna apenas repetir o Nome e meditar pensando nos frutos. O único fruto da repetição dos Nomes Divinos e da meditação é a conversão centrada do foco externo para o interno, vendo a realidade da bem-aventurança do Atma. Para essa transformação, é preciso estar sempre ativo e esperançoso, independentemente do tempo despendido e das dificuldades encontradas. Não se deve calcular custo, tempo ou problema. Há que se aguardar a vinda da graça do Senhor. Essa espera paciente é, em si, parte da austeridade de meditação (Tapas). Apegar-se sem hesitação ao voto é a austeridade. 
  • Meditação não significa simplesmente o ato de sentar-se ereto, imóvel e em silêncio. Ela significa fundir todos os pensamentos e sentimentos em Deus. A menos que a mente se dissolva completamente em Deus, não se pode alcançar o fruto da meditação. O Senhor Krishna, na Bhagavad Githa, declara a meditação ideal e seus frutos como: "Para essas pessoas que Me adoram sem quaisquer outros pensamentos ou sentimentos, Eu mesmo carregarei seu fardo, mantendo-Me sempre a seu lado, guiando-as e as protegendo".