Sai Baba e a Mente
- A primeira prática espiritual que se deve adotar é o
cultivo do silêncio interior, para acabar com o diálogo ininterrupto com a
mente. Deixe a mente descansar durante algum tempo. Não projete nela detalhes
irrelevantes, ou a polua com emanações de inveja e avareza. Cada idéia que
acolhemos, tanto boa quanto ruim, fica impressa na mente. Um elemento de
fraqueza e inconstância é, assim, introduzido na mente. Mantenha a mente calma
e limpa. Não a agite, todo momento, por meio de seu diálogo incessante.
- Quando a mente é pura, altruísta e inabalável, o Divino
Se manifesta em toda Sua pureza e em toda Sua plenitude. Por causa da
contaminação da sua mente, através da obsessão por objetos externos variados, o
homem de hoje é incapaz de experimentar o Divino, que está presente nele.
- Hoje em dia, toda disciplina espiritual está sendo feita
pela mente. Enquanto a mente controlar os exercícios espirituais, a meta da
auto-realização não pode ser atingida. A mente é como um ladrão que não se
permitirá ser capturado. De nada serve contar com a mente para compreender a
sua verdadeira natureza. Quando a visão está centrada em sua verdadeira natureza,
a mente desaparece por si mesma.
- Aquele que subjugou a mente será o mesmo em bons e maus
momentos. Tristeza e alegria são apenas alterações da mente. É somente quando a
mente está associada aos sentidos e ao corpo que ela é afetada. Os impulsos e
os desejos devem ser sublimados para que se possa atingir o domínio sobre a
mente. O desejo excita a mente e a faz precipitar-se em direção aos sentidos.
Não basta dominar apenas um sentido, todos devem ser completamente dominados.
- É a mente que condiciona o corpo. A mente é um
instrumento pelo qual alguém pode se arruinar ou se libertar. A mente deve se
tornar a serva do intelecto, e não a escrava dos sentidos.
- O corpo é uma carruagem. O cocheiro é o princípio do
intelecto. Os sentidos são os cavalos. A mente representa as rédeas que regulam
e detêm os cavalos. Quando a mente vacila e vagueia, não tendo estabilidade de
propósito, os cavalos produzem confusão, colocando em perigo até mesmo o
cocheiro - o intelecto. Assim, a pessoa precisa controlar a mente e não a
poluir com o desejo intenso por prazeres sensuais. A mente precisa agir como
parceira do intelecto. A fala serve à mente e a mente serve ao intelecto: esta
é a maneira de produzir a Paz Suprema. E, lenta e continuamente, instrua o
intelecto para se direcionar ao Atma. Fale guiado por uma mente que esteja
afinada com um intelecto iluminado pelo Atma: isso conduzirá à meta suprema.
- A mente às vezes é caracterizada como uma serpente. Isso
acontece porque ela não se move em linha reta. A mente encanta-se com
estratagemas desonestos e manobras engenhosas. Ela evita o caminho reto da
sinceridade e da veracidade. Mas a “mente-cobra” pode ser encantada em sua
ingenuidade. Quando o encantador de serpente toca seu instrumento, a cobra
balança dentro de seu cesto; assim também, a mente será influenciada pela
música que emana da recitação do Nome de Deus!
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