"Assim como você muda sua roupa, você também tem que mudar seu corpo, um dia ou outro. Esta é a razão de se dizer que "a morte é a vestimenta da vida". Aquilo que é responsável pelo nascimento é responsável, também, pela morte. Este corpo é como uma nuvem passageira. Enquanto houver vida no corpo, use-a no serviço aos outros. Empenhe-se no serviço até a última respiração. O serviço ao homem é serviço a Deus. Tenha controle sobre seus sentidos; sem esta disciplina, todo seu serviço será inútil."
(Bhagavan Sri Sathya Sai Baba)
No Dia dos Mortos, uma reflexão sobre a palavra do Avatar:
Tudo que nasce tem que
morrer. Mas você pode escapar da morte não nascendo novamente. Quando você
compreende que é o Atma (centelha da divindade) ilimitado, você não está mais
sujeito à limitação do nascimento. Este é o segredo. Como este conhecimento é
adquirido? Ele é o resultado de um longo processo de refinamento e purificação das emoções e dos impulsos. Você
pode fazer a mais rigorosa repetição do Nome de Deus, ou se submeter à provação
das austeridades, mas, se você não for virtuoso, tudo isso é um puro
desperdício.
Assim como uma gota de
água numa folha de lótus desaparece num abrir e fechar de olhos, nós deveríamos
saber que nossa vida é transitória e desaparecerá num abrir e fechar de olhos.
O mundo está cheio de dor, o corpo humano está cheio de doença e nossa vida
está cheia de pensamentos turbulentos. Sob estas circunstâncias, é possível
viver de uma maneira serena somente seguindo o caminho Divino e superando todos
os nossos apegos mundanos.
Aqueles que têm o
desejo interior por atingir a sabedoria mais elevada, que confere libertação,
devem, portanto, refletir e investigar o fenômeno da morte. A morte não deve
despertar medo. Não deve ser considerada como mau agouro. Você não deve fugir
do problema, imaginando que a morte só acontece aos outros e que não acontecerá
a você. Você também não deveria adiar a reflexão sobre a morte, julgando que
tal reflexão é inadequada agora, e inútil. Pois, a investigação sobre a morte é
realmente a investigação sobre sua própria Realidade. Essa verdade deve ser
reconhecida.
O que significa
nascimento e morte? Assumir um corpo é nascimento e abandonar o mesmo é morte.
É por causa da ilusão que o homem experimenta as dualidades de nascimento e
morte. Quando inalamos com o som ‘So’, o princípio vital entra em nosso corpo
e, quando exalamos ‘Ham’, ele sai. A cada momento, esse processo de inalação e
exalação nos lembra nossa Divindade inerente: ‘So-Ham’ (Eu sou Deus). Enquanto
houver o princípio vital, o corpo é considerado auspicioso; quando o princípio
vital for interrompido, o corpo torna-se um cadáver. O nascimento e a morte
estão – ambos - relacionados ao corpo, e não ao princípio vital. O homem
experimenta o nascimento e a morte por causa do seu apego ao corpo. Ele será
libertado do ciclo de nascimento e morte somente quando abandonar o apego ao
corpo e se entregar completamente à Vontade de Deus.
A contemplação da
morte é o próprio fundamento da disciplina espiritual. Sem isso, você está
fadado a cair na falsidade, perseguindo objetos de prazer dos sentidos e
tentando acumular riquezas mundanas. A morte não é uma calamidade ameaçadora. É
um passo para o brilho auspicioso além. É inevitável, não pode ser subornada ou
suspensa por certificados de boa conduta ou depoimentos dos grandes. Uma vez que
se nasce, a morte é inevitável. Você deve executar ações que não produzam más
consequências. Envolva-se, todos os dias, em todas as atividades como uma
oferenda a Deus. Então você não precisa nascer indefinidamente e pode escapar
da morte. Essa investigação é a essência do caminho espiritual e irá ajudá-lo a
alcançar a imortalidade.
O corpo está sujeito à
destruição, cedo ou tarde. Todo mundo está consciente disso. No entanto, todos
ficam apreensivos com a morte; ninguém anseia enfrentar o último momento. Tudo
o que nasce tem que morrer um dia - a morte é inevitável e incontornável! Para
desvendar o código para essa experiência paradoxal, pergunte assim: O que é que
se encontra com a morte? O que se vai e o que permanece? A resposta: é o corpo
que expira e perece. O que não perece é o Atma. Você se ilude em pensar que é o
Atma ou "você" que morre; isto é incorreto. O Atma (Eu Superior) não
tem nada a ver com morte ou nascimento. Ele é eterno, verdadeiro e puro.
Perceba e lembre-se que você é o Atma eterno, verdadeiro e puro - você não é o
corpo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.