terça-feira, 24 de abril de 2018

Mahasamadhi - 7 anos

Sai Baba - 23.11.1926 - 24.04.2011

"Meu amor é sua maior riqueza e boa fortuna. Este é Meu maior presente a você. Cuide bem deste precioso presente. Esta é Minha bênção a você neste dia. Viva com a firme convicção de que existe uma Divindade residente em todos. Que todos tenham devoção constante e vida sagrada, longa e feliz! Que todas as suas dificuldades sejam removidas! Que você experimente uma bem-aventurança absoluta! Que você tenha tudo isso!” - Bhagavan Sri Sathya Sai Baba

No dia 24 de março de 2011 a comunidade Sai recebeu o comunicado que todos temíamos... o único comunicado que não desejávamos receber: o da tua partida deste mundo terreno. Foi uma comoção. Por mais que todos nós tentássemos nos libertar da tua forma física, Swami, era confortador poder olhar para ti como um ser encarnado entre nós, um de nós, circulando entre nós, falando conosco, distribuindo bênçãos físicas e suprafísicas. 

Para mim, era sempre maravilhoso poder voar até teus pés, na amada Índia, e constatar que estavas ali, em carne, osso, espírito e magnitude, com aquela energia amorosa sobrenatural, absolutamente abrangente, a nos acolher como uma mãezona num gigantesco colo onde todos nós nos abrigávamos, independentemente das nossas falhas, das nossas nacionalidades, crenças, diferenças... uma supermãe a nos afagar, a nos consolar, a nos impulsionar... sempre para dentro de nós mesmos.

Dizias que procurássemos não olhar para ti como um ser físico, mas como Luz. No entanto, frequentemente esquecíamos desse conselho, e tentávamos nos segurar na tua forma física. Como a mais paciente das mães falavas, explicavas, repetias... mas a maioria de nós ainda parecia não conseguir se desapegar do Swami encarnado.

Creio que a tua partida inesperada foi justamente para cortar esse laço de apego que tínhamos. Uma sacudida divina, para evitar que sedimentássemos a dependência de Ti como ser físico. 

Sentir-se órfão é muitas vezes o melhor estímulo para alcançar internamente a própria força, o próprio poder. E o autêntico Mestre, o verdadeiro Sad Guru é aquele que trabalha não para arrebanhar devotos e multidões de seguidores cegos, mas aquele que luta incansavelmente pela nossa independência, pela nossa própria iluminação. E como lutaste, querido Sai!

Mesmo assim, para mim foi duro, Swami. Nem eu mesma sabia do meu grande apego à tua forma até aquele momento da tua partida. Até hoje tento aprender a lição. Aspirante espiritual que sou, buscadora do autoconhecimento, sigo tropeçando e levantando, numa busca de mim mesma. 

Buscar-me é buscar-Te. 

Com meu amor imperfeito, agradeço, com um poema.




Fosse eu tão erudita e culta
e de cor tivesse em mente
os dicionários de todas as línguas,
mesmo assim, como conseguiria
expressar Teu esplendor?
És o Atma do Universo,
a essência de tudo o que há, que foi, que é.
Nessa essência eu me dissolvo
tentando refazer-me a cada dia

à luz do Teu Divino olhar.
  

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