Gurupurnima

OM SRI BHAGAVAN SATHYA SAI BABAYA NAMAH!

Todos os anos, na lua cheia de julho, celebra-se na Índia o Dia do Guru, ou Gurupurnima, que cairá, este ano, no dia 22. Purnima é uma palavra sânscrita que significa “dia de lua cheia”; Guru significa “aquele que dissipa a escuridão”. Gurupurnima, portanto, é o “dia de lua cheia do guru”. Muitos cânticos e mantras destacam esse grande festival em louvor ao Mestre. O devoto se derrama em amor e o Guru responde derramando bênçãos.

Sai Baba e o Guru

• "Gu" significa escuridão e "Ru" significa luz. O Guru (mestre espiritual) dispersa a escuridão por intermédio da luz; ele concede a sabedoria, que erradica nossa ignorância. "Gu" também significa "aquele que está além dos atributos" e "Ru" significa "aquele que transcendeu a Forma".

• O Criador é o guru, o Mantenedor é o guru, o Transmutador é o guru, a Consciência Cósmica é o real guru. 

• O Guru é como o estranho que entrou na casa de um homem pobre e anunciou que debaixo do chão de sua casa se escondia um tesouro precioso que ele poderia ter por meio de alguns minutos de escavação. E por isso o Guru merece sua gratidão. 

• A fé no guru deve trazer fé no Eu Superior, do contrário, o guru é um obstáculo.

• A primeira lição que dei quando declarei Minha identidade a Uravakonda foi: “Maanasa Bhajare Guru Charanam, Dusthara Bhavasaagara Taranam”. Ela quer dizer: primeiro, saiba que você está neste ciclo de nascimento e morte. Então, decida transpô-lo. Em seguida, fixe sua mente em um Guru ou no Nome e na Forma de Deus que o atraem. Por último, vivencie Sua glória, faça cantos devocionais; faça isso com toda a sua mente. Aquele que está iludido por esta realidade relativa é a pessoa mundana; aquele que está consciente de que ela é somente relativa é o buscador espiritual. 

• O Guru é um jardineiro que irá zelar a planta. Mas, a muda deve ter brotado antes que Ele possa tomar conta. Ele não acrescenta nada de novo à planta, Ele apenas a ajuda a crescer de acordo com o seu próprio destino, mais rápida e completamente, talvez, mas não contra sua natureza interior. Ele remove a pobreza, apontando para o tesouro que está enterrado dentro de você. Ele aconselha o método de recuperá-lo e a vigilância necessária para usá-lo para o melhor proveito. 

• O Guru destrói a ilusão e verte luz, Sua presença é sempre fresca e reconfortante. Ele vem para lembrar as pessoas que se esqueceram de que perderam a parte mais preciosa dentro de si e ainda não têm consciência disso! Ele é o Médico para curar a doença que provoca o sofrimento repetitivo, desde o nascimento até a morte. Ele é adepto do tratamento necessário à cura. Se você ainda não tem tal Guru, Ore ao Senhor para mostrar o caminho e Ele certamente virá em seu socorro!

• Você deve mostrar sua gratidão com humildade e sinceridade a quem lhe fez algum bem. A educação que não promove a gratidão não tem valor. São os pais que lhe dão educação. O guru é o educador. O Divino deu-lhe a capacidade de ser educado. Portanto, a mãe, o pai e o guru devem ser reverenciados como Deus, como é prescrito nos Vedas. Você deve mostrar gratidão a seus pais, oferecer o devido respeito ao professor e basear sua vida na fé em Deus. 

• Gurupurnima é a oportunidade para se fazer a limpeza da mente e torná-la absolutamente pura. Não é suficiente louvar a Deus. Vocês têm que amá-lo. Vocês têm que se tornar o próprio amor, a fim de poderem amar o universo inteiro.

Sai Baba e o Cosmos

• Os reflexos do Sol brilhando no céu podem ser vistos nos oceanos, rios, lagos e poços. Embora os reflexos sejam variados, há somente um Sol. O Divino está presente no homem como o fio despercebido que mantém unida uma guirlanda de jóias. O cosmos inteiro é penetrado pelo Divino e é a manifestação visível do Divino. Nada no mundo - nenhum objeto, nenhum ser humano, nenhuma criatura - pode ser achado onde Deus não estiver presente. Há somente um Deus e Ele é Ser, Consciência, Bem-aventurança.

• Não há nenhum ponto do Universo onde o Divino não se manifeste. O cosmos está sempre em movimento e o Senhor do cosmos (Jagadiswara) é o motor. Amor ao Divino é a fonte de todo amor terreno. Os Upanishads claramente proclamam que, quando você ama o Eu Divino, isso torna todos mais próximos e mais queridos a você (Atmanastu Kaamaaya Sarvam Priyam Bhavati).

• O Cosmos é o efeito, Deus é a causa - essas declarações apenas salientam o fato de que o Cosmos é Deus, mas de outra forma. Pode-se duvidar de que toda essa multiplicidade de coisas e seres sejam realmente Deus? Mas sim, essa é a verdade. Tudo que os sentidos reconhecem, tudo que entra na consciência, é Deus. Não há nada além d'Ele. Nossos corpos, mentes, inteligência, consciência - tudo é Deus. 

• Não é possível considerar Criação e Criador, Natureza e Deus, como diferentes ou separados. Do mesmo modo que uma bolha nasceu na água, permanece na água e desaparece na água, assim também o Cosmos nasceu no Absoluto, existe como uma parte do Absoluto e é absorvido, de volta, no Absoluto. Reconheça a verdade de que assim como a bolha não pode ser concebida sem a água, o Cosmos não pode ser concebido sem Deus. 

• O cosmos não existe. Ele é uma ilusão: nunca é, foi, ou será. A criação do cosmos, a dissolução do cosmos, estes bilhões de indivíduos emergindo e se fundindo - tudo isto é somente um sonho. Não há espírito individualizado separado; então, como pode haver bilhões de espíritos? Há somente um Indivisível Completo Absoluto. Do mesmo modo que um Sol se reflete como um bilhão de Sóis em um bilhão de lagos e outros corpos d’água, as almas são apenas reflexos do Uno nas mentes que O refletem.