Sai Baba e a Meditação
- A meditação (Dhyana) é a base de toda prática espiritual
(Sadhana). A meditação lhe dá o primeiro pressentimento da Bem-aventurança
Divina. Com essa Bem-aventurança como ideal, você deve subsequentemente
continuar a meditação e a repetição mental do Nome Divino. A etapa
imediatamente após a meditação é o Samadhi (absorção total no Eu Superior). A
meditação é o sétimo passo do caminho óctuplo do Yoga. Não abandone essa
estrada real que o leva para tal objetivo sagrado!
- Nadar rio acima é muito difícil, mas cada braçada o faz
chegar mais perto da meta e não mais distante. Para superar a extenuação,
deve-se ter a jangada chamada meditação (Dhyana). Pela meditação, a fraqueza do
corpo físico pode ser superada, a instabilidade da mente pode ser controlada e
o progresso em direção à morada da Graça é facilitado. Pode-se, então, alcançar
a Divindade.
- Você se senta em meditação por dez minutos, após a sessão
de Bhajans. Até aqui, tudo bem. Mas deixe-me perguntar, quando se levanta, após
os primeiros dez minutos, e se movimenta, você vê outras pessoas como dotados
pela Divindade? Se não, sua meditação é uma perda de tempo. Você ama mais, fala
menos, serve outros mais integralmente? Estes são os sinais de sucesso na
meditação. Seu progresso deve ser autenticado pelo seu caráter e atitude.
- A meditação deve transmutar sua atitude em relação às
pessoas e coisas, ao contrário é um logro. Mesmo uma vontade de pedra irá,
através da ação da chuva e do sol, calor e frio, desintegrar em lama e
tornar-se alimento para uma árvore. Mesmo o mais duro coração pode ser amaciado
de tal forma que o Divino pode brotar ali.
- No puro e sereno (Sátvico) caminho da meditação, você
considerará a repetição do Santo Nome e a meditação como um dever e sofrerá
qualquer tipo de problema pelo seu bem; você estará completamente convencido de
que este mundo é apenas uma ilusão, de modo que você só fará o bem em todas as
condições e em todos os momentos. Você desejará somente o bem de todos e sempre
os amará; você usará seu tempo ininterruptamente na lembrança e na meditação do
Senhor. Você não desejará nem mesmo o fruto da repetição do Nome e da
meditação; você deixará tudo isso para o Senhor.
- A repetição do Nome de Deus e a meditação nunca devem ser
julgadas através de meros padrões externos; elas devem ser julgadas pelos seus
efeitos internos. Se a pessoa oscila entre a impaciência e a preguiça, e se
preocupa sempre com "Por que o resultado não veio ainda?” “Porque ainda
está tão distante?”, então tudo se torna apenas repetir o Nome e meditar
pensando nos frutos. O único fruto da repetição dos Nomes Divinos e da
meditação é a conversão centrada do foco externo para o interno, vendo a
realidade da bem-aventurança do Atma. Para essa transformação, é preciso estar
sempre ativo e esperançoso, independentemente do tempo despendido e das
dificuldades encontradas. Não se deve calcular custo, tempo ou problema. Há que
se aguardar a vinda da graça do Senhor. Essa espera paciente é, em si, parte da
austeridade de meditação (Tapas). Apegar-se sem hesitação ao voto é a
austeridade.
- Meditação não significa simplesmente o ato de sentar-se
ereto, imóvel e em silêncio. Ela significa fundir todos os pensamentos e
sentimentos em Deus. A menos que a mente se dissolva completamente em Deus, não
se pode alcançar o fruto da meditação. O Senhor Krishna, na Bhagavad Githa,
declara a meditação ideal e seus frutos como: "Para essas pessoas que Me
adoram sem quaisquer outros pensamentos ou sentimentos, Eu mesmo carregarei seu
fardo, mantendo-Me sempre a seu lado, guiando-as e as protegendo".
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