quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Mahashivaratri 2017

Neste ano de 2017, o Mahashivaratri, ou Grande Festival de Shiva, cairá no dia 24 de fevereiro. É um dos festivais mais concorridos não só em Prashanti Nilayam como em toda a Índia, pelo seu significado transformador. 

Mahashivaratri é um termo sânscrito, composto dos vocábulos Maha + Shiva +Ratri. Maha: grande, importante; Shiva: na Trindade Hindu, é aquele que transforma; Ratri: noite escura.

O Shivaratri ocorre todos os meses, na décima quarta noite da lua, ou seja, o último dia da lua minguante. É uma devoção que inclui jejum e cânticos devocionais.

O Mahashivaratri é um grande Shivaratri. Grande porque nesse período do ano, que se situa entre fevereiro e março, o poder exercido pela lua (chamada lua negra), é menor, em relação ao resto do ano. Daí a grande celebração.

Não podemos falar no Mahashivaratri sem falar no distintivo de Shiva, o Lingam:

Shiva e o Lingam

Shiva é considerado o Deus da fertilidade.

A junção de Shiva com sua contraparte feminina (shakti) Parvati, é representada pelo linga ou lingam (o falo) que, junto ao yoni (útero), formam uma unidade e promovem a dissolução da dualidade.

O significado literal do termo lingam é emblema, distintivo, signo. O lingam, portanto, é o emblema de Shiva, o símbolo fálico, a energia masculina universal, associada ao poder criador divino. Na Índia, cultuar o lingam e cultuar Shiva são a mesma coisa.

O lingam é representado normalmente em forma ovalada e, nos templos, costuma-se pendurá-lo num recipiente contendo um pequeno orifício no fundo, onde a água é derramada sobre ele incessantemente, em forma de reverência.

Em Prashanti Nilayam, o Mahashivaratri sempre foi celebrado em grande estilo. Sathya Sai Baba costumava materializar um lingam (que emergia naturalmente da sua boca), durante os cânticos devocionais, numa demonstração de seu poder e magnitude, provando que Ele e Shiva são Um só.

Sai Baba e a Devoção a Shiva, o Deus da Transformação


Uma vez por ano, no Mahashivaratri, recomenda-se um esforço vigoroso especial de atividade espiritual, de modo que Shavam (cadáver) possa se tornar Shivam (Deus), por meio da conscientização de seu perpétuo Morador Divino. Dedique a vigília dessa noite de Shivaratri à Shiva presente dentro de cada um de vocês. 

A lua é a deidade que rege a mente. A mente é a fonte de todo o emaranhado de desejos e emoções. Hoje, é o décimo quarto dia da metade escura do mês, quando a lua é quase invisível: somente uma fração minúscula permanece visível. Portanto, a mente quase não possui poder neste dia; se somente esta noite for passada em vigília e na Presença do Divino, a mente pode ser conquistada completamente, e o homem pode perceber sua verdadeira natureza. Nesta noite sagrada, a pessoa deve manter a vigília através de cantos devocionais, ou da leitura ou da escuta de textos sagrados. Faça dessa prática, também, a prática para sua vida inteira. 

Quando você compreender “Eu sou Shiva” (Shivoham), então você terá toda felicidade, toda auspiciosidade que existe. Shiva não deve ser procurado no pico de cordilheira de montanhas distantes ou em algum outro lugar especial. Você deve ter ouvido que pecado e mérito são próprios dos atos que os homens fazem; igualmente, Shiva é inerente a cada pensamento, palavra e ação, pois Ele é a energia, a força, a inteligência que está por trás de cada um deles. 

A cada minuto, cada dia, cada noite, você deve pensar na Divindade e santificar seu tempo, pois o Próprio Princípio do tempo é Shiva.

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