"A
mente é a espada de dois gumes: pode salvar, mas, igualmente, escravizar."
"A
mente deve estar livre de ansiedade e preocupação, de rancor e medo, de ambição
e orgulho.
Deve
estar saturada com amor por todos os seres."
"A
mente pode ser domada, não importa quão difícil a tarefa possa ser. Mediante a
prática sistemática, ininterrupto inquérito e desapego, a mente pode ser
controlada."
"É
a mesma mente que pode liberar ou escravizar. A mente é como uma serpente com
presas longas e peçonhentas. Quando o veneno é removido dessas presas, o perigo
é removido. De maneira semelhante, quando o desejo desaparece, o perigo da
mente desaparece."
"A
mente é a chave da saúde e da felicidade, e, assim, o alimento deve ser
escolhido tanto que não prejudique a mente. Junto com o alimento sátvico
deve-se também dar à mente uma dieta especial constituída de meditação
(dhyana), repetição do mantra (japa), invocação constante do Nome de Deus,
etc., para se manter a mente sadia e quieta."
"A
mente é fantoche do alimento que é consumido pelo homem. A qualidade do
alimento determina a direção do desejo que conduz o fluxo da mente. Eis por
que, na Gita, como em todos os textos espirituais, o alimento sátvico é
recomendado para a elevação do aspirante. Mente significa desejo (sankalpa),
alguma coisa pela qual se aspira. Quando 'Aquele-que-não-tem-forma' desejou uma
forma, surgiu o Universo. Assim, a mente é o Príncipe Criativo (maya) que
desejou, e o primeiro desejo foi 'qua haja muitos'. Quando, agora, a mente é
alimentada de rajas (paixão, emoção, atividade e aventura), galopa no mundo com
o crepitar do desejo, aprofunda o homem cada vez mais fundo no pântano. Quando
a mente é alimentada com alimentos tamásicos, que obscurecem, inebriam,
perturbam a razão, e induzem à indolência, torna-se ignorante, inerte e inútil
ao soerguimento do homem."
"A
mente é muito poderosa. Sem compreender seu poder, o homem se orgulha de seu
conhecimento limitado. É uma tolice flagrante. Ele sente que sabe tudo. Ele
está desviando sua mente para objetivos triviais sem tentar conhecer o Atma.
Esta é a razão pela qual o homem fica sujeito a dificuldades e miséria. Vocês
são responsáveis por sua felicidade ou miséria. Vocês não devem culpar os
outros pela sua condição."
"A
mente pode ser comparada ao álamo. As folhas do álamo estão sempre balançando,
haja vento ou não. Do mesmo modo, a mente é sempre inconstante e oscilante. Um
outro exemplo é o macaco, que perambula aqui e acolá; o próprio retrato da
oscilação e da inconstância. Mas, com treinamento, ele pode ser controlado. Da
mesma maneira, a mente, que também é forte e instável, pode ser controlada pelo
desapego e prática constante."
"Se
a mente é controlada e exercitada com precisão, conseguirão alcançar a
Liberação (moksha); para tanto, devem saturar-se com pensamentos sobre Deus, o
qual lhes ajudará a discernir as dúvidas sobre a natureza da realidade. Quando
a mente estiver purificada e livre de apegos, a consciência egoísta
desaparecerá por si só."
"Se
uma porta está trancada e você deseja abri-la, você deve pôr a chave dentro da
fechadura e girá-la para a direita. Assim, esta irá abrir. Mas se você girar a
chave para a esquerda, a fechadura permanecerá trancada. Trata-se da mesma
fechadura e da mesma chave. A diferença está na forma como você gira a chave. Seu
coração é essa fechadura e sua mente, a chave. Se girar sua mente para Deus, você
obtém a liberação. Se girá-la para o mundo objetivo, você permanece na
escravidão. É a mesma mente que é responsável por ambas, a liberação e a
escravidão."
"Por
que a mente é tão instável, pulando constantemente de um lugar a outro? É por
causa dos desejos. Estes desejos se relacionam ao corpo, todos."
"A
mente é sempre instável. Tem, portanto, de ser educada. Sua característica de
inquietude tem de ser domada. A mente é, em realidade, uma forma da Consciência
e, por isto, somente quando se fundir na Consciência Suprema, isto é, no
Divino, tornar-se-á firme. Pode haver gelo num lago; o gelo é jada (um tanto
inerte), mas o afaste todo para um lado. Pressione o gelo obliquamente, e a
natureza própria da água (fluidez) se revelará. A natureza própria da mente é
Consciência Pura, que é isenta de alegria ou tristeza; é equilíbrio perfeito
sempre. 'Eu sou Aquilo.' Não sou afetado por coisa alguma. Meu é samadhi, isto
é, dhi, que é a inteligência, na condição de sama, quer dizer, firme, inafetada
e imutável sabedoria."
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