sexta-feira, 24 de maio de 2013

Sai Baba e o Dom Sagrado da Palavra

  • O som dos mantras (hinos védicos) tem o poder de transformar os maus impulsos e as más tendências. A palavra "mantra" significa aquilo que salva quando voltado para a mente. Mantenha sempre o mantra na mente: isto afastará o falar desenfreado, a conversa inútil, a intriga e o escândalo. Fale somente quando for totalmente necessário. Fale o menos possível. 

  • Somente pensamentos sagrados dão origem à fala sagrada. O Senhor Buda declarou que a língua não deveria ser usada irresponsavelmente para proferir qualquer coisa que se pensa. A língua foi dada para falar a verdade e para esclarecer o que é sagrado e puro. A língua não foi dada para mimar o paladar com doces deliciosos ou para falar como a pessoa gosta. Ela não é para ser usada para causar desgosto aos outros e nem para se viciar em falsidade. A língua foi dada ao homem para falar a verdade, para falar docemente, enaltecer o Divino e desfrutar a bem-aventurança obtida de tal fala sagrada. 

  • Se você não pode ajudar alguém, pelo menos evite prejudicá-lo ou lhe causar dor. Isso já é um grande serviço. Que direito você tem de criticar alguém, ou falar mal dele? Quando você diz que nada jamais acontece sem o Seu desejo, por que fica irritado ou zangado? Seu dever é se purificar e se empenhar na própria purificação interior. Tal esforço lhe trará a cooperação de todos os bons homens, e você encontrará força e alegria brotando internamente. 

  • Fique em silêncio; isso induzirá o silêncio nos outros. Não adquira o hábito de gritar, falar alto ou por muito tempo. Reduza ao mínimo os contatos. Leve com você uma atmosfera de contemplação silenciosa, onde quer que esteja. 

  • Há alguns que vivem em um tornado perpétuo de ruído. Independentemente de estarem em uma exposição, feira, hotel, templo ou mesmo em Prashanthi Nilayam, suas línguas balançantes não param. Tais pessoas não prosseguirão muito longe no caminho rumo a Deus. Há outros que apreciam disputas e argumentos, pois nunca estão satisfeitos com fatos óbvios; eles precisam criar dúvidas onde nada existia antes e abalam a fé. Debatem se Rama é superior a Krishna, ou se Krishna é uma encarnação mais completa de Deus! Esses pensamentos também não são úteis a um aspirante espiritual. Separe o real do aparente. Procure internamente pela essência, o significado e o propósito da vida. 

  • Fale a verdade e a fale amavelmente. Somente porque uma declaração possa ser bem-vinda ao ouvinte, não fale para ganhar sua aprovação. Se falar a verdade puder causar mágoa ou dor, seja silencioso. Este é o compromisso da verdade na vida comum. Não tenha hipocrisia, ou desonestidade, em sua fala. 

  • A verdade desagradável e a mentira agradável, ambas, devem ser evitadas. Somente a experiência da verdade pode promover o amor; a verdade é tão abrangente e completa que não vê qualquer distinção. A verdade é a corrente e o amor é a lâmpada que ela precisa iluminar. Através da verdade você pode experimentar o amor, e através do amor você pode experimentar a verdade. 

  • Do ponto de vista ético, você tem que falar a verdade. No contexto da vida mundana, você tem que falar o que é agradável. Do ponto de vista espiritual, você tem que evitar o que não agrada, ainda que seja verdadeiro. Não se deveria proferir palavras que causem agitação, mas falar a verdade que é tanto agradável como benéfica. 

  • As palavras podem conferir força, mas também podem esgotá-la. As palavras podem conseguir amigos, mas podem transformá-los em inimigos. As palavras podem elevar ou denegrir o indivíduo. A pessoa deve adquirir o hábito de tornar suas palavras doces, suaves e agradáveis. Uma pessoa é julgada por suas palavras. Antes de mostrar as faltas dos outros, examine as suas e se assegure de que está livre de faltas. Mas a surpresa é que você só descobre as faltas nos outros quando possui as faltas em você. Quando você se livra das faltas, tudo fica puro e bom. Esta é a magia do Amor Divino. 


  • A língua exemplifica o sacrifício. Quando ela prova uma iguaria doce, ela a envia para o estômago. Mas, se o item for amargo, a língua imediatamente o cospe. E não é apenas isso: a língua também se conduz da maneira mais honrada. Ela não deixa sua casa (boca) sob quaisquer circunstâncias. Ela faz todo o seu trabalho sem cruzar seus limites. Enquanto todos os outros sentidos fazem – cada um - somente um trabalho, apenas a língua tem a capacidade de fazer dois tipos de trabalhos: saborear e falar. Essa é a razão pela qual se deve exercitar o controle adequado sobre a língua, para que ela não se vicie em atividades pecaminosas, como falar mal dos outros. Em momentos de raiva, pratique o silêncio. Nossos anciãos ensinaram: fale menos, trabalhe mais. Quanto menos você fala, mais puro seu coração permanece.

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